terça-feira, 5 de abril de 2016

7 dicas do Atacama: o essencial para planejar a sua viagem

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O deserto do Atacama é um dos lugares mais espetaculares do mundo. Para nossa sorte, está aqui do ladinho, no Chile, e basta uma viagem curta para conhecer suas principais paisagens, sem deixar nenhum passeio importante de fora. Quer montar um roteiro redondo pelo deserto? Então aproveite essas dicas do Atacama:

1 | Qual a melhor época para visitar o Atacama?


O deserto do Atacama é um destino para o ano inteiro. Viajando em qualquer mês você vai experimentar temperaturas tanto altas quanto baixas — a grande amplitude térmica é uma das principais características dos desertos. Para quem não tem medo de frio, a recompensa de viajar no inverno é encontrar paisagens nevadas. Para quem só pode viajar durante o verão, a boa notícia é que os passeios costumam acontecer ou cedo pela manhã, ou no final da tarde, fora do horário de calor mais intenso. (O inconveniente-surpresa, na verdade, são as chuvas — sim, chuvas! — que de vez em quando aparecem entre dezembro e março, durante o chamado “inverno altiplânico”.) Se você pode viajar na primavera ou no outono, tanto melhor; fora da altíssima temporada, hotéis vão ter tarifas 
melhores, e a variação de temperatura ao longo do dia vai ser menos drástica.
Caso você pretenda fazer a (recomendadíssima!) observação de estrelas, atenção ao calendário lunar: as sessões não acontecem durante a lua cheia.
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2 | Quantos dias são necessários para uma viagem ao Atacama?


Você precisa de 6 dias para uma viagem ao deserto do Atacama sem deixar nenhum dos principais passeios de fora do roteiro: além de um dia para a chegada (e agendamento de passeios), 4 dias de tours pelo deserto, e mais outro dia para a volta pra casa.
Não tem esse tempo todo para a viagem? Com 5 dias ela também vale o deslocamento e a grana investida, embora você possivelmente vá precisar encarar a difícil tarefa de limar do roteiro pelo menos um dos passeios que dão dó de perder.
Se você só tem 4 dias ou menos, melhor esperar por outra oportunidade para fazer a viagem – pode acreditar.

3 | Onde se hospedar no Atacama?


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O pequeno vilarejo de San Pedro de Atacama é a base para se conhecer o deserto. Se puder bancar os hotéis mais bacanas, que têm passeios e refeições inclusas, não hesite nem por um segundo. O serviço prestado é de alto nível, e a experiência no deserto vai ser ainda mais especial.
Se o bolso não permitir, fique tranqüilo: no centrinho do vilarejo, bem onde estão as agências de receptivo, restaurantes e lojinhas, há pousadas charmosas e confortáveis.

4 | Quais são os melhores passeios no Atacama?


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Nas agências de receptivo de San Pedro de Atacama e nos hotéis que organizam os próprios tours são oferecidos passeios para todo perfil de viajante, seja o seu barato a arqueologia ou os esportes radicais. Mas há um certo consenso sobre as paisagens principais do deserto, aquelas que não se deve sair do Atacama sem conhecer:
  • O Valle de La Luna e o Valle de La Muerte;
  • O Salar de Atacama;
  • As Lagunas Altiplánicas;
  • O Salar de Tara;
  • Os Geysers del Tatio.
Todos esses lugares podem ser visitados em passeios que partem de San Pedro de Atacama e são organizados pelas agências locais. O passeio mais longo é o de Salar de Tara, que toma manhã e tarde completas. A dupla Valle de La Luna/Valle de La Muerte e o Salar de Atacama ficam mais perto do centrinho de San Pedro e podem ser visitados em um mesmo dia, ou combinados com outras atividades.
Complete o roteiro com cavalgada, trekking, passeio de bicicleta, flutuação na Laguna Céjar, banho em águas termais nas Termas de Puritama. O Atacama é um dos melhores lugares do mundo para observação de estrelas, e vale muito a pena reservar uma noite para um tour astronômico.

5 | Todo mundo passa mal com a altitude no Atacama?


Não é regra, mas é comum sentir um efeito ou outro da altitude enquanto o corpo se adapta: dor de cabeça, tontura, falta de ar ou enjôo são comuns. Para evitar o mal estar:
  • Comece os passeios por aqueles em menor altitude;
  • Pegue leve nas bebidas alcoólicas e não faça refeições pesadas;
  • Tome água em pequenos goles, o tempo todo;
  • Caminhe com calma e respeite o seu ritmo.

6 | O que levar na mala para o Atacama?


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Fazer mala para o Atacama é praticamente comprar um desafio: já imaginou ter biquíni, camiseta, gorro e cachecol dentro de uma mesma bagagem, e efetivamente usar tudo isso?
Um bom traje para passeios em qualquer estação do ano é camiseta, calça esportiva e jaqueta corta-vento, levando junto na mochila um agasalho mais quente, como um fleece, para os tours de maior altitude (Lagunas Altiplánicas, Salar de Tara). No passeio dos Geysers del Tatio, que acontece muito cedo pela manhã, mesmo nos meses de mais calor as temperaturas são negativas, e é preciso ir muito bem agasalhado: meias e segunda pele térmicas, blusa de manga comprida, calça quentinha, um bom casacão de inverno, gorro, luvas e cachecol.
No verão, use bermuda para passear na cidade ou em tours em menor altitude, onde vai estar mais quente (Valle de La Luna/Valle de La Muerte, Salar de Atacama). No inverno, reforce a mala com blusas de manga longa.

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Os calçados ideais para este tipo de viagem são aqueles de trekking, mas tênis de caminhada bastam para fazer os principais passeios com conforto.
Leve também roupas de banho para os passeios com mergulho em águas termais ou lagoas (Geysers del Tatio, Termas de Puritama, Laguna Cejar).
Além disso, é primordial, essencial e importantíssimo (frisei o suficiente?) não esquecer de colocar na mala:
  • Óculos de sol – e nem tente visitar os Salares sem eles;
  • Colírio ou soro fisiológico contra a falta de umidade e a poeira;
  • Hidratante para o corpo e para as mãos;
  • Chapéu ou boné para não queimar o cocuruto;
  • Filtro solar dos bons, que o sol por lá não é brincadeira;
  • Protetor labial;
  • Lenços de papel e gel antisséptico, que muitas vezes o banheiro é ao ar livre, se é que você me entende.

7 | Que moeda levar para o Atacama?


dicas do atacama Peso chileno

Se você vai direto ao Atacama, sem se hospedar antes por alguns dias em Santiago, leve dólares. A cotação do dólar é melhor do que a cotação do real em San Pedro de Atacama, embora, na realidade, as casas de câmbio no vilarejo sejam bastante informais e não tenham cotação exatamente boa para nenhuma das duas moedas. A cotação do dólar em San Pedro de Atacama em janeiro de 2016 era a mesma praticada no aeroporto de Santiago (ou seja, a pior cotação de Santiago é a melhor cotação de San Pedro).
Aproveite para usar o cartão de crédito sem se remoer tanto pelo peso do IOF; o câmbio de pesos chilenos para dólar será melhor do que o oferecido pelas agências locais. (Claro que o risco de desvalorização do real até o vencimento da conta existe, mas se o real não desvalorizar é possível que o cartão de crédito seja o melhor negócio.)
Não se esqueça que para conseguir isenção de 19% de IVA no seu hotel você precisará pagar em dólar vivo ou com cartão de crédito. (Se o hotel não estiver pré-pago, leve dólares vivos para pagar a hospedagem lá.)
Se você vai ao Atacama depois de uma estadia em Santiago, leve reais ou dólares para trocar na capital antes de seguir viagem para o deserto. As casas de câmbio do centro e dos bairros principais de Santiago têm as melhores cotações.
Cartões de crédito são aceitos em muitas lojas, restaurantes, hotéis e agências de receptivo, e existe caixa automático no centrinho do vilarejo para saques de emergência.
E não custa nada repetir: não vale a pena comprar pesos chilenos no Brasil. A cotação parece vantajosa, mas é enganosa: a margem de lucro das corretoras ao comercializar moedas fracas é muito maior do que a que obtém vendendo dólar.

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