1. Praça São Marcos
É, inevitavelmente, o grande salão de visitas de Veneza, ou como escreveu o poeta parisiense Alfred de Musset, a Praça São Marcos é o salão mais elegante da Europa. Elogios à parte, esta imponente praça, iniciada no século IX, é um preâmbulo à cidade, é onde primeiro se sente o ritmo de Veneza. Turistas de máquina fotográfica em punho cruzam-se com venezianos, comerciantes de ocasião e gaivotas que voam embevecidas. E nós de olhar erguido perante o espetáculo patrimonial: daqui avista-se o Grande Canal, o Palácio Ducal, a Basílica de São Marcos, a Torre do Relógio, a Antiga Procuradoria, a Ala Napoleónica, o Campanário de São Marcos, a Biblioteca Marciana.

2. Basílica de São Marcos
Magnificente, esta catedral obriga-nos, quer vista de fora, quer no interior, a erguer o pescoço até ao céu, num misto de espanto e admiração, mesmo para os menos religiosos, ou menos sensíveis à arquitetura. É impossível ficar indiferente a tamanha grandiosidade, até porque é considerada uma obra-prima da arte bizantina fora do Império do Oriente aonde acorrem milhares de peregrinos. No dia em que a visitamos, o exterior da Basílica estava em trabalhos de restauro e recuperação.

3. Campanário
É considerado o prédio mais alto de Veneza, com 98,5 metros, construído no século IX até o século XII. Em 1902 colapsou e a forma atual é de 1912. É denominado de “O Senhor da Casa” pelos venezianos e, no topo, além de se poder ter uma vista aérea panorâmica sobre o Grande Canal, a Praça São Marcos e a Lagoa, está uma estátua de três metros do Arcanjo Gabriel, assente num cata-vento. Os venezianos creem que quando o anjo gira em direção à Basílica significa que a Acqua Alta está a a chegar.

4. Palácio Ducal
A visita a este Palácio monumental, construído entre 1309 e 1424, exige já por si, praticamente, umas boas 3 horas da nossa agenda, devido à tamanha riqueza patrimonial que ali se encontra. É considerado uma obra de arte, símbolo da arquitetura gótica e foi “casa” do doge, dirigente máximo da República de Veneza. A entrada é mesmo por baixo da arcada do século XII e tem um itinerário secreto que deve ser marcado com antecedência: uma visita guiada por pequenas celas, entre as quais onde esteve Giacomo Casanova, a Sala dos Inquisidores, espaços de controlo e poder, entre outros.

5. Ponte dos Suspiros
É um dos pontos inevitáveis em Veneza. Olhar esta ponte que faz a ligação entre o Palácio Ducal (símbolo, também da Justiça, da República de Veneza) ao antigo Presídio, Prigioni Nove, é um recuo no tempo, até porque a lenda que se lhe associa remete a nossa imaginação para o passado, para o tempo em que os prisioneiros, ali suspiravam pelo dia da liberdade, pois era dali que vislumbravam a cidade pela última vez, antes da reclusão.

6. Riva degli Schiavoni
Este é um dos grandes calçadões de Veneza, que vai desde o Palácio Ducal, em direção este, a Santa Elena, região conhecida pelo parque e por ser casa da Bienal de Veneza. É um calçadão conhecido mundialmente, movimentado, construído no século IX aonde acorriam os pescadores do mar Adriático. Neste percurso encontra-se a estátua em homenagem a Victor Emanuel II e a Igreja de Santa Maria della Visitazione, a Pietá local.

7. Santa Elena
Seguindo pela Riva del Schiavoni chegamos a um pequeno oásis veneziano. Sant’Elena, no Sestiere de Castello, é considerado o lado mais sereno de Veneza, um “bairro” tranquilo, longe do barulho turístico do centro de Veneza. É comum, por aqui, ver-se famílias a passear, várias pessoas a fazer jogging ao final do dia, casais a namorar, jovens de bicicleta. Perto fica a Igreja de Santa Elena e os jardins da Bienal de Veneza. Esta área é ideal para passear, e parar a apreciar o pôr-do-sol, quando o tempo assim convida.

8. Ponte Rialto e o Grande Canal
É uma das quatro pontes majestosas que une as margens do Grande Canal e considerada um dos ex-líbris de Veneza. Por baixo dos arcos quebrados que ostenta passam, diariamente, centenas de embarcações e dela avista-se o horizonte líquido da cidade. A Ponte Rialto, a mais antiga da cidade, foi construída entre 1588 e 1591 e projetada por António da Ponte. Tem duas rampas em escadas dos dois lados e além de charmosa e movimentada é, habitualmente, o ponto de referência para encontros. Durante o Verão, à noite, é comum os jovens dedicarem-se à audácia de saltar dela para o grande canal, como se uma piscina tratasse. Ideal para ver a cidade a começar, ou o dia a findar, a preparar-se para a movida da noite.

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